francine dias
oioi, eu sou a francine
Eu sou artista visual, arteterapeuta em formação e mais uma porção de outras coisas.
Até aqui tudo o que me formou profissionalmente foi, antes de mais nada, o resultado de buscas internas, algumas motivadas por sanar dores, outras por curiosidade e intuição. E de algum modo que não saberia explicar, guiada pela fé no caminho.

"Sua orientação interior existe, mas o indivíduo não a conhece. Ela só lhe é revelada ao longo do caminho, através do caminho que é o seu, cujo rumo o indivíduo também não conhece... Seu caminho, cada um o terá que descobrir por si. Descobrirá, caminhando. Caminhando, saberá. Andando, o indivíduo configura o seu caminhar. Cria formas, dentro de si e em redor de si. E assim como na arte o artista se procura nas formas da imagem criada, cada indivíduo se procura nas formas do seu fazer, nas formas do seu viver. Chegará a seu destino. Encontrando, saberá o que buscou."
Fayga Ostrower
lá vem história
Quando criança, já apaixonada pelos cadernos e suas possibilidades de páginas em branco, escrevia, desenhava e inventava mundos. Encontrava refugio em minhas criações, nos livros, nas histórias.
Os anos se passaram e, assim como muitas outras crianças naturalmente imaginativas, caí na ladainha cartesiana da racionalidade. Minha vida criativa sofreu com grandes períodos de seca, também meus afetos e outras áreas tiveram seus tempos de extrema aridez. A vida, com todas as suas nuances.
No entanto, dentro de nós existe algo que sempre sabe o caminho de volta. E as partes essenciais, que achei que já nem mais as tinha, foram convocadas a se refazerem.
- autopoiese da alma -
Meu retorno a mim mesma se deu pela via da criatividade, pondo emoções e sentimentos doídos em forma de desenho e palavras. Assim pude observá-los fora de mim, e num trabalhoso separar joio de trigo, entendi o que era eu e o que eram minhas emoções pinicantes.
Mais uma vez, fui conduzida a buscar entender o que havia acontecido comigo, como esses recursos próprios da arte e da poesia estavam desatando nós internos de forma que anos e anos de terapia convencional não tinham possibilitado tais entendimentos e sensações.
Muitos livros e cursos sobre arte, criatividade, processos, biografias de artistas, teorias de Jung e junguianos. Mas também processo contínuo de autoinvestigação, experiência em primeira pessoa. Fazer, desfazer e refazer (como diria Louise Bourgeois).
Eis o caminho que percorri em busca de tornar-me um farol lúdico, iluminar caminhos criativos que conduzem a autoinvestigações. Ser companheira de jornadas poéticas de autocriação, enquanto desatamos nós internos, ressignificamos pinicâncias e nos tornamos cada vez mais nós mesmas.
Eu e vocês.

Acredito que olhar para o nosso universo interno com gentileza é o primeiro passo para nos reconectarmos com quem somos. Cada emoção, pensamento ou memória carrega uma história, e é através dessas narrativas que enxergamos o mundo e nos enxergamos nele. Meu trabalho é ajudar você a revisitar essas histórias com um olhar curioso e acolhedor, ressignificando o que precisa de novo significado e encontrando sentido onde, talvez, antes houvesse confusão.​
Eu sempre fui fascinada por histórias — as que contamos sobre nós mesmas e as que carregamos sem nem perceber. Elas moldam nossas escolhas, nossa visão de mundo, e até as possibilidades que acreditamos ter. E, assim como podemos criar com tintas, papéis e materiais, acredito que também podemos recriar nossas histórias, abrir novos caminhos e dar vida a versões mais autênticas e libertadoras de nós mesmas.